Blog das Baixadas Litorâneas I

PERDI O NÚMERO DE INSCRIÇÃO DA PRÉ-MATRÍCULA!

Posted in gerência de ensino, Matrícula Fácil, pré-matrícula by coordbaixlit1 on 30/12/2009

Calma, se você não sabe onde está o seu número de pré-matrícula, ou do seu filho, e perdeu ou não recebeu a correspondência informando onde os pimpolhos foram alocados pelo novo sistema, procure a nossa Gerência de Ensino e Integração. De posse da data de nascimento, nome completo, e nome da mãe, conseguimos recuperar o número de inscrição e a Unidade de Ensino para o qual o aluno ou a aluna deve se dirigir.

Atenção que o período de confirmação da pré-matrícula nas escolas será apenas em janeiro.Boa sorte!

VALE CULTURA PARA PROFESSORES DO ESTADO DO RJ A PARTIR DE 2010

Em  20/12/2009,  divulgamos um trabalho que afirmava que o professor com bagagem cultural pobre tem uma prática docente pobre. Hoje divulgamos esta bela notícia. Entendemos que a medida abaixo contribui um pouco mais para que os professores possam incrementar a sua formação com o passar do tempo. E nas devidas proporções, incrementar também suas práticas docentes. Fiquem atentos. Abraços da equipe da GEGI / CR-07


16/12/2009

Vale cultura para professores 

(…) Ontem, o Rio de Janeiro deu um passo para a superação de um deles: a falta de mecanismos que facilitem o acesso do professor aos bens culturais.
Levando em consideração que o acesso do professor à cultura é mais do que uma questão de lazer, mas também uma questão de formação e conhecimento, Molon, presidente da Comissão de Cultura da ALERJ, e o deputado Comte Bittencourt, presidente da Comissão de Educação, apresentaram emenda incluindo no Orçamento do Estado uma verba de R$ 16 milhões para viabilizar a implementação do vale cultura para os professores da rede pública estadual.
A partir do próximo ano, os professores passarão a receber R$ 50 mensais para usar na compra de livros, discos e ingressos de cinema e teatros.
Molon considera que essa ação é fundamental no esforço que as duas áreas, educação e cultura, devem empreender para suprir as lacunas na formação artístico-cultural dos estudantes. Um professor que tenha acesso às diversas linguagens e manifestações artísticas, poderá transmitir aos seus alunos o interesse por buscar o prazer e o crescimento que a arte pode proporcionar.

Fonte: molon.com.br
Imagem: Nota do jornal “O Dia” de hoje

CURSOS FORMAÇÃO CONTINUADA PLATAFORMA FREIRE – mais instruções

Prezado(a) Professor(a),
O MEC, através do Plano Nacional de Formação e da Plataforma Freire, está com inscrições abertas para cursos de formação continuada a todos os professores de educação básica das redes públicas que tenham interesse em se atualizar e aperfeiçoar os seus conhecimentos.
Esses cursos de formação continuada são em diversas áreas de interesse do professor e variam sua carga horária entre 40 e 300 horas. O público alvo desses cursos são os professores que possuem formação específica para o magistério no nível médio (curso normal ou curso técnico em magistério) e os professores que possuem formação em licenciatura ou pedagogia.
A Secretaria Estadual, no período de 1º a 18 de dezembro, autorizou a oferta desses cursos para os professores que atuam nas escolas da rede estadual, de acordo com as necessidades identificadas.
Agora será a sua vez!
Até o dia 31 de janeiro de 2010, os professores poderão realizar sua pré-inscrição em cursos de formação continuada, à sua escolha. Veja na tabela abaixo os cursos que estão sendo oferecidos, a carga horária e modalidade de ensino desses cursos.
Para se inscrever, o professor deve acessar a Plataforma Freire, no endereço da internet http://freire.mec.gov.br, cadastrar os seus dados, e escolher o curso de seu interesse, e realizar a sua pré-inscrição.
 O MEC entendeu que o professor que já fez sua pré-inscrição em cursos de formação inicial (Licenciatura) através da Plataforma Freire deve evitar agora se pré-inscrever nos cursos de formação continuada com carga horária acima de 40 horas. Assim, serão adotados procedimentos a fim de evitar a sobreposição e sobrecarga de trabalho dos professores que se encontram inscritos em cursos de formação inicial.
Você está convidado a participar desses cursos, fazendo sua pré-inscrição em até 03 (três) cursos de formação continuada no site da Plataforma.
Agradecemos a sua participação e desejamos sucesso nesta etapa!
Bom estudo!
Serviço:
Plano Nacional de Formação e Plataforma Freire
Pré-inscrições: até o dia 31 de janeiro

CONCURSO CULTURAL JORGE AMADO – GUIA PARA PROFESSORES

Mas o que pouca gente sabe é que o site criado pela Companhia das Letras traz um lindo suporte para professores. São várias idéias de atividades com temas de Jorge Amado.

Clique aqui para ir no site

I – A LITERATURA DE JORGE AMADO 
(Clique para fazer download deste caderno) 



Este Caderno de Leituras foi elaborado para professores de português do ensino fundamental e médio e propõe atividades baseadas na obra de Jorge Amado:

Norma Seltzer GoldStein
Ana Helena Cizotto Belline
Terras do sem-fim e Tenda dos Milagres
Arnaldo Franco Júnior
expressão de linguagem e de costumes
Ana Elvira Luciano Gebara e Silvia Helena Nogueira
Antonio Candido
Claude Guméry-emery
Myriam Fraga

 

II – O UNIVERSO DE JORGE AMADO
(Clique para fazer download deste caderno)

Este Caderno de Leituras analisa a interpretação do Brasil na obra de Jorge Amado, sendo do interesse de professores da área de humanas do ensino fundamental e médio.

José Castello
Luiz Gustavo Freitas Rossi
Lilia Moritz Schwarcz
Reginaldo Prandi
Ilana Seltzer Goldstein
Jorge Amado
Mia couto

 

CONCURSO CULTURAL JORGE AMADO – DIVULGAÇÃO

http://www.jorgeamado.com.br/concurso.php

São três as categorias em que você pode concorrer:

Audiovisual, Imagem (ilustração) e Texto (conto ou crônica).

O Concurso Cultural Jorge Amado pretende promover a aprendizagem significativa de alunos a partir da reflexão e da interpretação criativa sobre vida e obra do grande autor baiano.
Este concurso cultural é o resultado da parceria entre o Ministério da Cultura, a Volkswagen do Brasil e a Editora Companhia das Letras.

Você pode produzir um vídeo, escrever um conto ou criar ilustrações inspiradas na vida e obra do autor baiano. Libere sua imaginação e concorra a diversos prêmios!

Os vencedores de cada categoria serão premiados com:

Primeiros colocados – R$ 1.400,00 e 10 livros de Jorge Amado
Segundos colocados – R$ 600,00 e 10 livros de Jorge Amado
Terceiros colocados – Assinatura de 1 ano da revista piauí e Kit Jorge Amado

Envie seu trabalho de 15 a 31 de março de 2010, acompanhado de formulário de inscrição.

REGULAMENTO
I. Instituições de ensino do Estado do Rio de Janeiro, públicas ou privadas, representando alunos dos anos finais do ensino fundamental (8°- e 9°- anos) e ensino médio poderão se inscrever e concorrer nas categorias: audiovisual, texto e imagem.
II. As instituições são responsáveis pela autenticidade e autoria dos trabalhos apresentados.
III. O número máximo de inscrições por cada instituição de ensino será de até 3 trabalhos por categoria.
IV. Cada trabalho apresentado deve ter um professor orientador.
V. Cada aluno poderá concorrer em apenas 1 categoria.
VI. O concurso é Estadual, portanto, serão automaticamente eliminadas inscrições advindas de outros Estados.
CATEGORIAS
1. Categoria Audiovisual
1.1 Podem concorrer trabalhos em grupo que utilizem qualquer tipo de equipamento que produza imagens em movimento: câmera de vídeo, câmera de foto digital (sequências de fotos), câmera de celular, animação feita no computador etc.
1.2 Os vídeos devem ter até 3 minutos de duração, incluindo os créditos.
1.3 Os vídeos deverão ter créditos dos responsáveis por sua realização, incluindo créditos de trilha sonora (independentemente de ser de domínio público ou não), de imagens e outros materiais de terceiros.
1.4 Devem ser encaminhadas 3 cópias do trabalho em dvd ou vhs para a comissão julgadora, juntamente com a ficha de inscrição.
2. Categoria Texto
2.1 Podem concorrer apenas trabalhos individuais na modalidade conto ou crônica.
2.2 Os textos devem ser inéditos, de autoria do aluno inscrito, e possuir até 15 mil caracteres, incluindo os espaços.
2.3 Devem ser encaminhadas 3 cópias digitadas e impressas do trabalho para a comissão julgadora, juntamente com a ficha de inscrição.
3. Categoria Imagem
3.1 Podem concorrer trabalhos individuais na modalidade ilustração.
3.2 As ilustrações devem ser inéditas, de autoria do aluno inscrito, em duas dimensões sobre papel com escolha livre da técnica a ser utilizada (desenho, colagem, gravura, pintura etc.).
3.3 A ilustração original deve ser encaminhada para a comissão julgadora, juntamente com a ficha de inscrição.
3.4 Os trabalhos inscritos não serão devolvidos.
PREMIAÇÃO
1. Pré-seleção
1.1 A pré-seleção dos trabalhos será realizada por curadores com notória especialização em cada uma das categorias deste
concurso.
2. Premiação
2.1 A premiação será presencial e acontecerá na cidade do Rio de Janeiro, os finalistas que não puderem comparecer serão
automaticamente desclassificados.
2.2 Cada categoria terá 5 finalistas. Os finalistas terão 5 minutos cada um para apresentar seus trabalhos ao júri emérito que ao final do evento anunciará os ganhadores.
2.3 A premiação acontecerá em junho de 2010. As informações sobre data da premiação, júri emérito e finalistas por categoria serão divulgadas por carta e e-mail endereçados ao professor orientador e também estarão disponíveis no site http://www.jorgeamado.com.br com 15 dias de antecedência à sua realização.
2.4 A premiação para cada categoria se dará da seguinte maneira:
Primeiro lugar: R$ 1.400,00 (um mil e quatrocentos reais) e 10 livros do autor Jorge Amado
Segundo lugar: R$ 600,00 (seiscentos reais) e 10 livros do autor Jorge Amado
Terceiro lugar: Assinatura de 1 ano da revista piauí e Kit Jorge Amado
Professor orientador (primeiros lugares): Certificado e Kit Jorge Amado
Instituição de ensino (primeiros lugares): Certificado e Kit Jorge Amado
Na categoria audiovisual, não nos responsabilizaremos pela divisão dos prêmios.
INSCRIÇÕES DE 15 a 31 DE MARÇO DE 2010*
Encaminhar o formulário de inscrição impresso e preenchido disponível no site http://www.jorgeamado.com.br, juntamente com os trabalhos para:
Comissão Julgadora — Concurso Cultural Jorge Amado
Companhia das Letras
Rua Bandeira Paulista, 702, cj. 32
CEP: 04532-002 — São Paulo — sp
* Só serão aceitos trabalhos com data de postagem até 31 de março de 2010.

Professor com repertório cultural pobre tem prática docente pobre

Posted in cultura, eventos, gerência de ensino, prática docente, professor by coordbaixlit1 on 20/12/2009

04/12/2009 – Trama variada
Quanto mais variado for o repertório cultural do professor, mais criativas podem ser as relações a serem feitas em sala de aula; linguaagens artísticas permitem ampliar o entendimento de temas diversos

Um testemunho veemente da história do século 20.”Assim está definida a obra do Navio de emigrantes (1939/41, pintura a óleo com areia sobre tela), de Lasar Segall, no site do museu destinado ao artista. Na tela, estão representados os destinos de milhões de pessoas que rumaram para longe de suas nações, por motivos diversos
“Se um professor possui um repertório cultural pobre, sua prática docente será mais pobre.” É com essa fórmula direta que a pesquisadora Monique Andries Nogueira exemplifica os resultados de uma lacuna na formação do professor brasileiro: a falta de uma bagagem artística e cultural consistente, capaz de estabelecer em sala de aula relações entre o conteúdo programático e as artes plásticas, o cinema, a música, a dança, a literatura – as artes em geral, enfim – de modo a revelar as convergências ou similaridades entre os percursos da história do pensamento e da expressão humanos.
Docente da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e graduada em música, Monique enxerga um paradoxo na formação cultural dos professores, campo de estudo que é tema de seu doutorado. “Quase ninguém deixa de reconhecer a importância de uma boa formação cultural, mas esse tema não aparece nas reformas curriculares dos cursos universitários”, afirma. Para a pesquisadora, o professor com formação cultural mais ampla evolui em dois níveis, com ganhos não só em sala de aula, mas também de ordem pessoal. “Cobra-se muito o domínio do conteúdo, o que é natural, mas não a formação cultural, que considero primordial”, afirma.
A pesquisadora Pricilla Cristine Trierweiller, do Núcleo de Desenvolvimento Infantil da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), chegou a conclusões semelhantes em sua pesquisa de mestrado: o senso comum indica que a formação cultural deveria ser estimulada, mas não é isso que acontece na prática. “Os professores reconhecem (essa lacuna), sabem que a formação cultural é importante, mas acabam deixando isso para um segundo plano e continuam reproduzindo o mesmo que aprenderam”, relata.
Tanto quanto obter um diploma de nível superior, especializar-se na área de atuação ou saber trabalhar o conteúdo de maneira interdisciplinar, a formação cultural sólida do educador provoca impacto direto na aprendizagem. “A arte estabelece um lugar de diálogo, quebra resistências, traz o lúdico e o poético à aprendizagem”, afirma Renata Bitencourt, doutora em história da arte e gerente de Educação Cultural do Itaú Cultural, instituto de difusão artística e cultural. “Sem o repertório cultural, perde-se de vista a formação mais ampla e mais humanista. São valores que o professor leva para sempre, relacionados ao outro, à diversidade”, completa.
Segundo Pricilla, da UFSC, especialmente na área em que ela atua, a educação infantil, o professor com maior repertório faz uma leitura mais crítica da realidade e possui uma formação humana mais ampla, capaz de estimular a produção simbólica nas crianças. “Como considerar na criança e propor a ela aquilo que não faz parte do seu próprio acervo?”, questiona. Por isso ela vê a necessidade premente da instauração de políticas públicas nessa área e de uma proposta de formação que considere “o sensível e o inteligível”. “A formação estética deveria fazer parte do currículo, embora só estar presente não garanta nada. Hoje há a disciplina de ‘arte’, mas é por um período muito curto”, ressalta.
Mesmo assim, segundo a pesquisadora, a arte costuma aparecer em sala de aula apenas com a função de tornar mais prazeroso o ensino de outras disciplinas. “A própria disciplina de arte sempre teve de se justificar no currículo. Português e matemática, por exemplo, por conta de uma ideologia social, sempre tiveram maior importância”, diz.
Isso porque, aparentemente, a formação estética ou o incentivo à arte e à cultura não produzem resultados que podem ser medidos pelos meios tradicionais. Coordenadora da área de ação educativa do Museu Lasar Segall, em São Paulo, Anny Christina Lima aponta que os trabalhos realizados junto aos professores pelo museu não têm como objetivo geral tornar a aula “mais fácil” para os educadores, mas sim desenvolver a prática didática e ampliar a formação pessoal do professor. “É uma utilidade que não é direta. O professor com mais recursos, com conhecimento diversificado, tem como saber o que é mais adequado para sua turma, para aquela situação específica. Tem mais clareza sobre o que vai trabalhar”, diz.
Questão pessoal
Muito do caráter “acessório” da arte na aprendizagem e da fragilidade da formação estética e cultural do professor é consequência da ideia de que prover esse repertório não é função da universidade, nem nos cursos superiores de formação de professores nem nas licenciaturas. “Não há incentivo dentro do curso, se torna uma questão pessoal”, afirma Pricilla.
Responsável por alguns projetos bem-sucedidos de difusão cultural para educadores, Renata Bitencourt ressalta que, nesse âmbito, uma das principais deficiências do professor é a falta do hábito de leitura. “Um professor que não lê dificilmente vai se relacionar com a arte contemporânea, por exemplo.” Para ela, um dos fatores preponderantes se deve ao fato de que a formação do leitor geralmente não acontece no ambiente escolar. “O professor deveria ser estimulado à leitura não só tendo em vista os seus alunos, mas a sua vida pessoal, os seus filhos”, defende.
Na opinião da pesquisadora Monique, a universidade precisa assumir esse papel, ainda que tardio, de estimular o repertório cultural, principalmente quando se está falando da formação de futuros professores. “O curso de pedagogia tem um recorte nacional de classe média baixa, e a maioria não teve essa prática cultural consolidada na família ou nas atividades escolares. A grande questão é a formação do hábito”, diz. A consequência dessa lacuna é ainda mais grave ao se pensar que o educador vai continuar reproduzindo o modelo com seus alunos. “Os professores com repertório pobre dificilmente vão para a rede privada. Eles vão para a rede pública, para as escolas da periferia”, completa.
Mesmo o ato de ir ao cinema pode se tornar mais valioso se a universidade estiver envolvida. Por isso, Monique defende que é papel dos cursos de formação prever essas medidas, ainda que por meio de atividades extracurriculares. “Um aluno pode frequentar muito o cinema, mas só assistir a blockbusters. É função da universidade ampliar essa experiência, mostrar que há, por exemplo, o cinema iraniano, que o aluno pode não ter tido a oportunidade de conhecer.”
Contato direto
Embora a grande maioria dos currículos de formação de professores não contemple a formação de um repertório cultural, algumas iniciativas de professores, instituições ou mesmo governos têm auxiliado na ampliação da bagagem dos educadores por meio do contato direto com a arte. Na UFRJ, diz Monique, seus alunos devem, obrigatoriamente, ir a um evento cultural por mês e trazer relatório da atividade. E por “arte” ela entende a maior amplitude possível de manifestações, de balé a roda de samba, de concertos eruditos a shows populares. “Os alunos (universitários) começam a mostrar seu repertório nos trabalhos escolares. Até os projetos interdisciplinares são melhores”, conta.
Os museus de arte também são espaços para “vivenciar” a cultura tendo em vista a formação de novos públicos. Muitos deles oferecem mais do que horários de visita para a escola, e procuram fazer um trabalho de base com os educadores – não só os de arte. O Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo, por exemplo, recebe docentes de diversas disciplinas e níveis de ensino para os encontros do projeto Contatos com a Arte. “O museu é um espaço para a formação do conhecimento e do repertório e favorece a interdisciplinaridade. Os conteúdos de arte possibilitam diferentes abordagens”, diz Patrícia Naka, coordenadora do setor educativo.
Nos encontros, que acontecem durante todo o ano, ensina-se como alinhar conteúdos curriculares a
conteúdos artísticos. Em uma exposição do paisagista Burle Marx, por exemplo, seu caráter de multiartista pode ser fonte de conteúdo para docentes de várias disciplinas, de história a matemática. “Ganha-se outro significado quando se insere a arte nos projetos transversais”, exemplifica Patrícia.
No Museu Lasar Segall, as visitas podem ser feitas de acordo com a demanda do educador da disciplina. Embora a maioria das visitas seja liderada por professores de educação artística, a museóloga Anny Christina ressalta que qualquer área do conhecimento pode ser abordada, uma vez que os roteiros estão à parte do conteúdo curricular. “Nossa intenção é colocar a escolha (do roteiro) na mão do professor”, diz. Um professor de química do ensino médio, por exemplo, visitou o museu com os alunos. “A ideia dele era relacionar a leitura das obras, a discussão do que se está vendo, a narrativa que se constrói, ao trabalho do cientista ao observar a natureza, explicando o pensamento científico”, conta.
Uma das principais características do professor com maior repertório cultural é a capacidade de fazer uma leitura crítica do mundo e, mais ainda, de sua própria função de educador. A partir de um “incômodo” em relação ao modo tradicional de lecionar, o professor com maior bagagem consegue extrair mais interesse dos alunos e é capaz de fazer escolhas mais criativas diante do conteúdo. “Nunca entro ‘de sola’ em um assunto. Sempre procuro antes fazer aquilo produzir algum tipo de sentido para os alunos”, conta a professora Adriana Beatriz Saporito, responsável pelas disciplinas de português e inglês em dois colégios privados paulistanos.
Na opinião de Adriana, mais do que uma preocupação pessoal, a formação cultural permite ampliar os significados e estabelecer relação entre o “mundo real” e o que está sendo transmitido aos alunos. “Ao ensinar a composição de um personagem romântico para o ensino médio, antes os alunos têm de assistir ao filme Lisbela e o prisioneiro. Para apresentar O primo Basílio, de Eça de Queiroz, introduzo músicas, casos de jornal que falam de traição. É preciso trazer para a realidade”, relata a professora. Para a turma de inglês da 8ª série que estava lendo O fantasma da ópera, ela antes pediu que os alunos pesquisassem músicas e temas da época. “Essa disponibilidade tem de partir do professor. É possível dar uma aula de matemática a partir de uma omelete”, aponta.
Embora tenha começado a carreira no magistério, há mais de 15 anos, de maneira tradicional, Adriana começou aos poucos a questionar o modelo que havia recebido na universidade para procurar “sentido” no que estava fazendo. Atualmente, diz, não passa mais que dois meses sem fazer algum tipo de curso.
A preocupação de Adriana encontra eco no relato da professora Magda Medhat Pechliye, que por mais de 20 anos deu aulas de ciências para o ensino fundamental e hoje é docente do curso de formação de professores da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Graduada em biologia, Magda conta que teve sua formação no ensino superior de maneira bastante tradicional e também sentiu necessidade de mudar a forma com que trabalhava em sala de aula. “Incomodava olhar para o aluno e perceber que ele não estava interessado”, lembra. A alternativa, que acabou surgindo de maneira muito gradual, foi valer-se do repertório cultural e de experiências acadêmicas para levar aos alunos um novo olhar. “Quando você fala de arte, de filmes, o interesse aumenta, você faz uma aproximação com o cotidiano”, diz.
Hoje responsável pela formação de novos professores, Magda procura pedir aos alunos nas aulas da universidade atividades diferentes das tradicionais. Uma atividade de análise de uma obra do artista abstracionista russo Wassily Kandinsky, por exemplo, em que fragmentos podem representar “inteiros” independentes, pode levar os alunos a associar a atividade à observação necessária ao fazer científico. “O objetivo é mostrar o quanto é importante o olhar na ciência”, diz.
A formação cultural e artística também se mostra uma aliada ao lidar com temas interdisciplinares, como é cada vez mais exigido na educação contemporânea. “Hoje não é possível existir uma disciplina solitária. É uma questão da vida globalizada e do acesso fácil a culturas de todo o mundo”, ressalta o professor de arte Pio Santana, que trabalha em uma escola pública de ensino fundamental e médio de São Paulo, além de dar aulas de arte em uma universidade de Santos.
Segundo o professor, participante assíduo dos cursos do Museu de Arte Moderna (MAM), a arte engloba hoje elementos que estão à disposição do aluno, como videoclipes e música pop. “Por sua natureza, a arte é uma disciplina aberta, que faz parcerias com outras áreas do conhecimento”, diz. Atualmente, por exemplo, Santana está desenvolvendo um trabalho que envolve a participação do professor de língua portuguesa: os alunos deverão interpretar poemas por meio de instalações artísticas. “O professor é um mediador cultural e está diante de inúmeras possibilidades artísticas, mas são poucos aqueles que se interessam”, lamenta.
Tanto o professor quanto as redes de ensino têm à disposição uma série de benefícios e eventos gratuitos, que muitas vezes são ignorados. Qualquer professor em atividade tem acesso gratuito aos museus federais do país, assim como tem desconto – ou mesmo gratuidade – na maioria dos museus e espaços artísticos privados.
Outros projetos localizados procuram estimular a leitura, como na cidade de São Paulo, onde professor municipal tem um cartão de desconto de 20% na compra de qualquer livro nas principais livrarias. Os cinemas do Espaço Unibanco em todo o país também oferecem benefícios com o Clube do Professor, que envolve sessões gratuitas e descontos de 2ª a 6ª feira. Outras atividades pedagógicas com o cinema são desenvolvidas pelo projeto Escola no Cinema.
Professores e instituições educativas e culturais de todo o Brasil e exterior podem ter acesso à produção cultural e artística por meio de projetos como o Crônica na Sala de Aula, do Itaú Cultural, que traz materiais de capacitação para o uso desse gênero textual em sala de aula, assim como o incentivo ao hábito da leitura.
O Itaú Cultural oferece ainda, gratuitamente, sua produção em áudio e vídeo, livros, catálogos e caixas de cultura. Entre as caixas culturais, está o Panorama Histórico Brasileiro, com 15 programas em três DVDs com material de apoio para o ensino de temas relacionados à identidade nacional. A série, criada em 1989, reúne nomes como o cineasta Eduardo Escorel e o crítico Jean-Claude Bernadet na direção dos programas, além de promover uma articulação entre estética e informação histórica. A instituição também oferece séries como o Cinco sobre Cinco, com documentários recentes premiados e a série de DVDs e CDs do Rumos Música, com obras do Brasil e da América Latina, sem restrição de gênero. A lista completa está disponível em http://www.itaucultural.org.br/produtos.
Outra boa opção para escolas que criaram ou querem criar espaços regulares de exibição de filmes e vídeos é a Programadora Brasil, iniciativa da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, em parceria com a Cinemateca Brasileira e o Centro Técnico do Audiovisual. As entidades cadastradas como pontos de exibição audiovisual (o processo sobre como fazer isso está detalhado no site http://www.programadorabrasil.org.br) podem solicitar os 154 programas já lançados até hoje. São curtas e longas-metragens que percorrem toda a história do cinema brasileiro, agrupados em temas variados.
Há programas especiais voltados ao público infantil – os mais solicitados – que ajudam o público na aquisição de um repertório diferente daquele veiculado na televisão e no circuito comercial de cinema. Há, também, programas que tratam das relações do cinema com outras artes, como a poesia (um programa traz a animação Patativa, sobre Patativa do Assaré, e O poeta do castelo, curta de Joaquim Pedro de Andrade sobre Manuel Bandeira, e outros quatro títulos). E programas com longas-metragens que tratam de questões ligadas à juventude, como Vida de menina, de Helena Solberg, sobre a entrada na adolescência de uma jovem num Brasil que acabara de abolir a escravatura e proclamar a República.
Itaú Cultural
http://www.itaucultural.org.br
Telefones: (11) 2168-1776/1777

MAM Educativo
http://www.mam.org.br
Telefone: (11) 5085-1313
E-mail educativo@mam.org.br

Museu Lasar Segall – Ação Educativa
http://www.museulasarsegall.org.br
Telefone: (11) 5574-7322

Escola no Cinema
http://www.escolanocinema.com.br
Telefones: SP (11) 3266-5115 /
RJ (21) 2559-8768
Para outras cidades: contato@escolanocinema.com.br

________________________________________
– Endereço web:
http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=12817

– Publicada em:
4/12/2009 11:35:29

– Impresso em:
20/12/2009 12:25:37

[INFORMAÇÕES]
redacao@revistaeducacao.com.br

Prêmio de R$ 500,00 aos professores que gostam de trabalhar com curta-metragem em sala – Curta da Escola

Posted in cinema, concursos para escolas, curta-metragem, gerência de ensino, prêmios by coordbaixlit1 on 18/12/2009

Concurso Procura-se Professor-Autor 
DO PROJETO PORTA CURTAS – PETROBRÁS


REGULAMENTO


1) Objetivos e Organização
O Concurso Procura-se Professor-Autor acontece com o intuito de divulgar o Curta Na Escola e, assim, enriquecer a vida escolar de professores e alunos através do uso de premiados filmes brasileiros de curta-metragem em salas de aula.


2) Condições para Participação
O projeto é aberto a participação de Professores de todo o Brasil, que forem cadastrados no Curta Na Escola. Os Professores podem exibir os filmes gratuitamente aos alunos através da Internet ou com os DVDs Coleção Curta Na Escola, volumes 1 e 2.
ATENÇÃO: Só estarão concorrendo aqueles que enviarem seus Relatos até o dia 11 de Janeiro de 2010.


3) Critérios de Premiação
Os professores-autores do melhor relato de uso de cada filme receberão um prêmio de R$ 500, além de certificado de participação no projeto.
Ao total serão concedidos três prêmios, totalizando o valor de R$ 1.500 (hum mil e quinhentos reais). Destes três, um será exclusivo para Relatos dos filmes presentes nos Volumes I e II da Coleção Curta Na Escola, e os outros dois serão concedidos para os Relatos dos demais filmes que compõem o acervo do Curta Na Escola.


4) Divulgação
A Equipe do Curta Na Escola entrará em contato com os Professores vencedores e divulgará o Resultado online na primeira semana de Janeiro de 2010.
  • Existe um passo a passo no site, que informa como você pode participar.

Boa sorte!

FIZ A PRÉ MATRÍCULA E NÃO FUI ALOCADO EM NENHUMA ESCOLA!!

Posted in gerência de ensino, informações, Matrícula Fácil, pré-matrícula by coordbaixlit1 on 17/12/2009

Este ano o governo estadual do RJ inaugurou um novo sistema de matrículas para os alunos que estão ingressando no Ensino Fundamental – 2o. segmento, e o primeiro ano do ensino médio. Chama-se Matrícula Fácil, e várias informações estão disponíveis na página http://www.matriculafacil.rj.gov.br/base_duvidas.htm 


Conforme indicado na página acima, existem critérios de alocação dos estudantes, definidos pelo Ministério Público, explicitados na resolução 4355 de 9 de outubro de 2009. Os critérios de alocação são os seguintes:


1- Preferência ao portador de necessidade educativa especial, conforme estabelecido no artigo 54 do Estatuto da Criança e do Adolescente;
2- Preferência para Crianças e Adolescentes até 18 anos incompletos, conforme previsto no artigo 227 da Constituição Federal;
3- Permanência na Rede pública de Ensino;
4- Proximidade da residência, conforme estabelece o artigo 53 do Estatuto da Criança e do Adolescente;
5- Em caso de empate, a prioridade será para o aluno mais novo.


Os alunos que não foram alocados em nenhuma opção devem aguardar, e no período de 29/01/2010 até 05/02/2010, ligar para o número 0800 0240400, para escolher uma das vagas disponíveis neta fase.


Qualquer dúvida, ligue para nós, ou fale diretamente com a Central de Atendimento da Secretaria de Educação do RJ (21) 2333-0625. Boa sorte a todos!!!